sábado, 27 de abril de 2013

Campos de Auschwitz - Símbolos da barbárie Nazista

São os mais famosos dos campos de concentração e extermínios criados pelos Nazistas na Polônia ocupada. Houve três campos principais e 39 auxiliares. Localizavam-se nos municípios de Auschwitz e Birkenau, a cerca de sessenta quilômetros da cidade de Cracóvia, capital da região da Pequena Polônia. Os três campos principais eram:

No portão principal de Auschwitz lê-se:
"Arbeit macht frei"
 ("O trabalho liberta").
Auschwitz I
Centro administrativo para todo o complexo

Aberto em 20 de Maio de 1940, no campo morreram cerca de 70.000 intelectuais polacos e prisioneiros de guerra soviéticos.

A rotina
A SS (“Tropa de Proteção” ligada ao partido nazista e a Adolf Hitler, cujo lema era: “Minha honra chama-se lealdade”) selecionava os prisioneiros, chamados Kapos, para fiscalizar o restante. Todos os prisioneiros trabalhavam ao som da música de marcha tocada por uma orquestra. O domingo era reservado para a limpeza com duchas e não havia trabalho.

O lugar
Os dormitórios, onde se encontravam os prisioneiros, eram úmidos e não havia calefação. Feitos de tijolos, alguns sobre o solo seco, abrigavam prisioneiros que se amontoavam apenas com seus uniformes, em pequenos espaços suportando temperaturas abaixo de zero.

Como os presos eram identificados

Os presos eram obrigados a usar insígnias nos uniformes conforme a categoria – “motivo político” era um triângulo vermelho; “homossexual”, um rosa, dentre outros.
















Auschwitz II (Birkenau)
Campo de extermínio

O campo tinha área de 2,5 por 2 km² e estava dividido em várias seções. Era cercado por arame farpado e cercas elétricas (alguns prisioneiros utilizaram-nas para cometer suicídio). Abrigou até 100.000 prisioneiros em dado momento. O objetivo principal do campo não era o de manter prisioneiros como força de trabalho (caso de Auschwitz I e III), mas sim de exterminá-los.

Como chegavam os prisioneiros e a seleção
Os prisioneiros chegavam ao campo diretamente por uma linha de trem, geralmente em condições desumanas, em vagões de gado e carga. Algumas vezes estes prisioneiros eram levados diretamente para as câmeras de gás. Ou fazia-se uma seleção onde eram enviados primeiro mulheres, idosos, crianças e doentes. Os “escolhidos” tomavam banho de desinfecção (contra tifo), raspavam o cabelo e deixavam seus pertences.





O processo de envio às câmaras e morte


Para evitar o pânico, os destinados a câmaras eram informados que iriam para duchas para serem higienizados. Havia um vestuário onde as vítimas eram obrigados a se despir e depois eram levados aos “chuveiros” onde funcionavam os crematórios e a liberação de gases tóxicos. O processo demorava apenas 10 minutos.

Intelectuais, políticos e outras pessoas perigosas eram fuziladas no Muro da Morte, nos fundos do bloco 11, ou enforcadas. Entre maio e julho de 1944, perto de 438.000 judeus da Hungria foram deportados para Auschwitz-Birkenau e a maioria deles foi lá executada. Se a capacidade dos fornos não era suficiente, os corpos eram queimados em fogueiras ao ar livre. Neste campo morreram aproximadamente 1.000.000 de judeus e 19.000 ciganos.

Auschwitz III (Monowitz)
Foi utilizado como campo de trabalho forçado para a empresa IG Ferben

IG Forben
Conglomerado de empresas químicas que deteve o monopólio da produção durante a Alemanha nazista. Forben vem do alemão, significado “tintas”, “corantes” ou “cores”. Inicialmente eram produzidas tintas, mas aos poucos a produção voltou-se aos setores avançados da indústria química.

Condições de trabalho
Os presos trabalhavam pelo menos 11 horas por dia para impulsionar a máquina de guerra alemã. Construíram prédios e estradas, e produziram carvão, borracha sintética, produtos químicos, armas e combustíveis em indústrias como a Krupp e a IG Farben. Embora não haja números oficiais, vários morreram de cansaço durante as obras.

Alimentação
A alimentação também era precária, os trabalhadores recebiam três refeições diárias que incluíam pedaços de pão, sopa de batata e café. Os que realizavam trabalho braçal recebiam mais comida, em média 1.700 calorias e os que realizavam trabalhos mais leves recebiam 1.300 calorias diárias. Insuficiente, muitos morriam diante da exaustão do trabalho.

Números e Informações
Os números de mortes são especulados entre 1 milhão a 1,5 milhão de pessoas, mas ainda não foi chegado a um dado oficial.

Durante os anos de operação do campo, perto de 700 prisioneiros tentaram escapar, dos quais 300 tiveram êxito. A pena aplicada às tentativas de fuga era a morte por inanição. (o condenado era deixado ao abandono, sem alimentos, até morrer de fome).

O fim das Concentrações

No final da guerra, prevendo a vitória dos aliados, os alemães começaram a destruir crematórios e documentos enquanto evacuavam os prisioneiros. Os que não conseguiam andar foram deixados lá e liberados posteriormente. Hoje, Auschwitz é um museu que preserva a memória do maior genocídio da História.

Auschwitz foi o maior entre os dois mil campos de concentração e trabalhos forçados construídos pelos nazistas.

Ali foram mortos cerca de 1,2 milhão de judeus (25% do total de judeus mortos na guerra), 150 mil poloneses, 23 mil ciganos e 15 mil soviéticos.

Quando as forças soviéticas libertaram o campo, ao fim da guerra, encontraram gigantescas pilhas com cerca de 850 mil vestidos, 350 mil ternos, milhares de pares de sapatos e montanhas de roupas de crianças, além de oito toneladas de cabelos humanos que seriam utilizados como enchimento de travesseiros.

As tropas soviéticas libertaram 7.650 presos. Todos abaixo do peso e incapazes de se locomover. Alguns dias antes da chegada dos libertadores, os alemães tiveram o cuidado de dinamitar as instalações de extermínio e de queimar quase todos os arquivos. Os documentos que sobraram foram divididos entre soviéticos e poloneses. Entre eles, há testes científicos em que os nazistas usaram prisioneiros como cobaias.

Fontes:
(pesquisado dia 27 de abril de 2013)
                                                         *Escrito por Filipe Pontes dos Santos

2 comentários:

  1. Muito bom o texto, Fê! Não dá pra imaginar o quão horrível deve ter sido esse lugar...

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    Respostas
    1. Por favor anônimo, pedimos que se identifique, para sabermos com quem falamos =) e obrigada por ler e comentar!

      Emily Caroline.

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