Reinhard Heydrich |
Hoje, poucos duvidam de sua perícia à
frente do Sicherheitsdienst (SD - Serviço de Segurança), vinculada às SS, com o objetivo de investigar, prender e eliminar toda oposição ao regime nazista, em especial nos países ocupados. O SD, sob a liderança de Heydrich, perseguiu comunistas, judeus e outros grupos religiosos que se recusaram a aderir ao nazismo. Heydrich foi, também, supervisor da
"Solução Final" (Endlösung, em alemão). Nesta altura, ele foi incumbido de exercer o seu
trabalho na Tchecoslováquia, onde se sabia da existência de um movimento de resistência nacional.
O Protektor em ação
Uma das primeiras atribuições dadas a Heydrich (que recebera o cargo de protetor dos territórios da Boêmia e Morávia, por isso ficou conhecido como Protektor) na SS foi estabelecer um modus operandi para o Sicherheitsdienst. O Protektor logo
se destacou pela sua obsessão na busca de informações e denúncias, reais ou não, ciente de que estas garantiriam sua ascensão ao poder.
Outra ação audaciosa e inescrupulosa
creditada a Heydrich foi a Operação
Skoblin – a falsificação de documentos que denunciaram o
envolvimento de generais russos com a espionagem alemã. Na época, Stalin teria
sido induzido a expurgar quase todo o alto comando das forças armadas soviéticas, enfraquecendo seriamente a resistência militar da URSS diante de um futuro e
provável ataque alemão.
O atentado contra Heydrich
Na manhã de 27 de maio de 1942, Heydrich saiu no seu carro, acompanhado pelo seu
motorista, para apanhar um avião até Berlim. Os assassinos, dois tchecoslovacos, esperavam a postos numa curva onde supostamente o carro passaria.
Um deles usava uma pistola Sten de
fabricação britânica, que deveria disparar contra o Mercedes-Benz do Protektor – mas a arma falhou. Reagindo à
falha do companheiro, o outro homem lançou uma bomba artesanal, atingindo o
carro e ferindo Heydrich gravemente. Com o impacto da explosão da granada, Heydrich teve o baço perfurado por
estilhaços e, posteriormente, devido à infecção, teve septicemia. Embora tenha sido socorrido imediatamente, morreu uma semana depois, em 4 de junho de 1942, num hospital (a morte se deu pela falta de penicilina, cuja fórmula os
alemães ainda desconheciam). No funeral, toda a cúpula do Terceiro Reich se reuniu. Hitler declarou: "Ele
foi um dos maiores nazistas, com coração de ferro, um dos mais implacáveis inimigos
daqueles que se opõem a este Reich".
O jornalista Alberto Dines, em programa que foi ao ar na TV Brasil, pelo Observatório da Imprensa, numa série de quatro programas especiais sobre os 70 anos do fim da guerra, comentou que Hitler ficou furioso ao saber do atentado. "A Besta Loura, como foi chamado, ou Monstro de Praga, era o braço direito de Heinrich Himmler, o chefe da Gestapo, muito respeitado pelo próprio Führer e foi o responsável por algumas das mais brutais e sangrentas ações nazistas, como a Noite dos Cristais, que destruiu milhares de lojas, fábricas e sinagogas dos judeus em toda a Alemanha, em 1938", disse.
"Ao saber da morte do `Protetor da Tchecoslováquia´, o Führer decidiu assassinar aleatoriamente 10 mil pessoas", prosseguiu Dines. A fúria de Hitler concentrou-se depois na pequena vila de Lídice, que teria abrigado os autores do ataque. Cerca de 300 pessoas foram mortas (todos os habitantes). Os países aliados criticaram duramente as mortes e diversas localidades foram batizadas com o nome da vila.
Fontes:
Wikipedia
Observatorio da Imprensa
*Escrito por Larissa Godoy
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Deixe aqui sua opinião, dúvida ou crítica, para que possamos sempre melhorar. Seu comentário é bem vindo!
*Anônimo, por favor assine seu comentário! Obrigado~